As primeiras compras!

Pois é filho! Os papás foram às compras, aproveitar os últimos saldos.
A primeira coisa que te comprámos: a tua banheira! É azulinha, para condizer com a casa de banho dos papás, com uns ratinhos, dá para colocá-la mesmo em cima da nossa banheira e assim, escusámos de eu e o pai, dar cabo das costas. E mal acabes a banhoca, tens logo ao lado um dispositivo para mudar de roupinha! Quem é amigo? Não vais passar frio nenhum...
A Tia C. já começou com a vacaria... Já te comprou uma babete com uma vaquinha... Prepara-te filhote, dali vem muita mais coisa com vaquinhas. Ah! E umas meias branquinhas, todas fofas.
Os pais ainda te compraram 7 bodies super felpudos... para recém-nascidos. Só de te imaginar lá dentro, já fico toda engasgada. E eu que detesto ser lamechas. Esperemos que sejam as hormonas, senão vais passar muita vergonha com a mãe.
Há dias, enquanto o pai foi ao futebol, a mãe aproveitou e comprou: uma toalhinha para o banho e o teu 1.º brinquedo: a vaquinha Úrsula. É claro que já percebeste que a Tia C. estava comigo.
Não é muita coisa, mas enquanto não soubermos o teu nome, fica dificil. Depois a mãe estraga-se nas compras.
Um beijo e porta-te bem aí dentro

A luz no fundo do túnel

Olá Piquico!
Na consulta do dia 26 de Janeiro, finalmente podemos começar a voltar a sorrir!
Tu estavas óptimo! Quem diria que tinhas estado em perigo meu amor... Tão pequenino e tão valente!
Vimos e ouvimos o teu coração, o esboço da placenta, os teus bracitos, pernocas... ou pelo menos o que iria dar origem a isso. O Dr. P. tranquilizou-nos, a mim e ao pai. As restricções estavam levantadas, poderia começar a fazer uma vida normal, mas não me esquecendo que te carrego a ti. A mãe tem mesmo de aprender a desacelarar!
Ficámos tão contentes eu e o pai! Vida normal... Voltámos ao Dr. P. no dia 16 de Fevereiro, para a tão esperada consulta das 12 semanas.
Continua valente meu anjo... um beijo

AZIA - A minha grande companheira!

Continuando a nossa saga meu amor...
A próxima consulta com o Dr. P. ficou marcada para o dia 26 de Janeiro: a das 9 semanas!
Nessas duas semanas, o que a mãe te pode dizer é que o prato do dia foi: azia!
Não tenho mais nenhum sintoma, só este! É azia o dia todo, às vezes tanta que tenho de me deitar e dormir logo. Isto porque a mãe acorda sempre bem disposta e com genica, mas com o decorrer do dia, vai murchando... vai ficando cansada e a azia vai aumentando. E à noite atinge sempre o clímax!
No fim de semana de 19/20 de Janeiro, a mãe ficou de molho. Tive um começo de gripe, que tive de curar à moda antiga: cama, chás e sopas. Os Tios C. e A. fizeram companhia à mãe, foram uns queridos. E neste fim de semana, comer foi um tormento.
Ah! Não deves gostar de doces pois não? À mãe de repente deixou de apetecer, aliás, até enjoa... Fruta, principalmente laranjas, é que é bom! Sais ao Padrinho pelos vistos.
Mas é isso que a mãe quer: que me vás comunicando o que queres que eu coma!
Um beijo filhote

Com o coração nas mãos

Foi assim que a mãe andou na semana seguinte ao valente susto que nos pregaste!
Mas na consulta do dia 12, a das 7 semanas, viemos, eu e o pai, muito mais felizes.
Vimos-te! Ouvimos o teu coração... que velocidade! O Dr. P. explicou que o teu coração bate sempre o dobro do meu, quanto mais o meu bater, mais baterá o teu... fiquei admirada, é que o da mãe bate mais depressa um bocadito que o normal, razão pela qual sempre que faz electrocardiograma, tem de repetir... nenhum médico acredita que eu estou calma.
Vimos o esboço das tuas pernocas e bracinhos... o Pai esforçou-se muito para tentar perceber o que o Dr. P. mostrava e apontava, mas como ele disse ao Dr. P: Onde é que está a ver isso tudo? Que imaginação fértil você tem...
O teu papá, sempre tão pragmático!
Continuei com ordens para fazer repouso, nada de esforços, nada de pesos, levar a vida com calma. Que sacrifício meu filho. Mas tudo por ti.
De repente, e sem eu dar por mim, passaste a ser a minha prioridade.
Um beijo

A pior virada de ano!

Filhote da mãe!
Adiei tanto este momento...mês e meio...e ainda hoje me custa falar sobre isto. Mas tenho de o fazer, para pôr isto em dia, e começar a falar do presente e não do passado. Passado que tanto dói.
Como te disse, na tua primeira consulta, tudo sorriu. Nesse dia, os avós F. e A. faziam anos de casados e a mãe contou que iam ser avós! Como sabes, és o 1.º neto deles, logo a alegria foi muito grande!
Na passagem de ano, o pai quis ir passá-la com os amigos à terrinha. E assim foi. Diverti-me tanto, foi a nossa primeira passagem de ano juntos e foi tão divertida. Dançámos tanto, estávamos tão felizes.
No dia 1... no dia 1 de Janeiro de 2008, acordei e tinha sangue nas cuecas. Um sangue castanho, pouco, mas estava lá. Ignorei. Durante o dia, o sangue continuou. À noite falei com a madrinha Lusitana, que me aconselhou a ligar para o médico. Liguei.
Ele, sem me alarmar disse-me para eu ir ter com ele ao hospital, para não me preocupar que não devia ser nada. Na quarta feira dia 2, eu e o pai fomos ao hospital. O Dr. mal viu as minhas cuecas manchadas, não gostou, torceu o nariz. Na eco veio a pior das notícias: tu já não estavas com bom aspecto, aliás o médico disse que te íamos perder. Foi um choque tão grande. Tentei ser forte, o pai saiu logo disparado da sala. Eu fiquei com o Dr. Aconselhou-me a aguardar 48 horas para ver como as coisas evoluíam, e sabes o que me perguntou? Se eu acreditava em milagres, e eu disse-lhe: nestes não...
Foram dois dias de choro, de desespero, de tristeza... Não queria mais bébés, se tu não vinhas, não queria mais. O pai limpou e enxugou cada lágrima da mãe. Foi um valente! Quando era também o maior sonho da vida dele que caía.
Na sexta feira, voltei ao hospital. Desta vez fui com a tia C. Sempre nos sentimos mais confiantes com ela por perto, não é? Sempre é do ramo... Entrei decidida a terminar com a história de vez. O Dr. ainda não tinha chegado, e fui vista por uma médica, nos entretantos... E aí... Tu estavas lá! Bem agarrado à mãe! A tia C. mal olhou para o visor deu logo um salto de alegria. Como a médica foi uma animala (isto para não dizer coisas piores, pois és muito pequenino e não quero que aprendas coisas feias), decidi espera pelo nosso Dr. P! Quando ele chegou, toca de a mãe voltar a abrir a perna e voilá! Tudo se confirmava: estavas comigo, bem firme. Tinha sido um descolamento, mas tu, ainda és mais teimoso que eu! E acho que ouviste tanto choro da mãe que pensaste "não posso deixar esta senhora".´Mas o melhor filho, é que com 5 semanas, ouvi o teu coração! Ainda se ouvia mal, mas ouvimos. Foi o delírio! Eu e a Tia C. ficámos doidas; e o Dr. P. também. E prometeu-te uma palmada extra pelo susto, portanto, vai contando com essa.
Vim com ordem de repouso, com progesterona e uma esperança renovada! E jurei naquele momento, que nunca mais faço nada que te possa prejudicar! Não gostas de festa, queres sossego, não é? A mamã dá!Se bem que depois de nasceres tens de ser mexido, os papás não te dão muitas hipóteses. Mas agora mandas tu!
Um beijo meu anjo, comporta-te aí dentro, nada de algazarras

A 1.ª Consulta

Ora bem filhote... vamos lá continuar a nossa saga.
A tua primeira consulta... dia 29 de Dezembro de 2007... Estávamos os 2, eu e o papá super ansiosos. O GO que nos acompanha a mim e a ti, é simplesmente adorável: a mamã adora-o! Super atencioso, divertido e nada stressado. Tudo é encarado com naturalidade.
Depois de lhe contármos que vinhas aí, o que ele recebeu com verdadeiro entusiasmo, fomos ver-te. Uma bolinha preta que pulsava, a coisa mais redondinha e fofa que a mamã já viu! Sou uma babada, confesso. Mas não é para te aproveitares, ouviste?
Estavas muito bem implantado, no sítio certo, vi a vesícula vitelina, o corpo amarelo... tudo cinco estrelas.
Recomendações: fazer uma vida normal, tudo estava bem, não havia motivos para o contrário, e depois gravidez não é doença! E logo para a mamã que não sabe estar quieta, mas isso tu já sabes, não é?
O tempo de gestação... 5 semanas! A mamã tem ciclos longos e a ovulação e a tua concepção ocorreu mais tarde que o normal.
Saímos de lá muito felizes eu e o papá! A vida sorria... Mal sabíamos nós...